REANP de Língua Portuguesa // Professora: Joissy Borges // Data: 10/06/2021
Escola Municipal Justiniano José Machado.
Data: 10/06/2021
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Joissy Borges da Silva
Conteúdo: Leitura e interpretação de texto ( Romance de aventura
).
Aluno ( a ): _______________________________
Série: 8° Ano
v Assista
ao vídeo explicativo no link abaixo.
v Leia o
texto e copie as atividades no caderno.
A criatura
A
tempestade tornava a noite ainda mais escura e assustadora. Raios riscavam o
céu de chumbo e a luz azulada dos relâmpagos iluminava o vale solitário,
penetrando entre as árvores da floresta espessa. Os trovões retumbavam como
súbitos tiros de canhão, interrompendo o silêncio do cenário [...].
Alimentadas
pela chuva insistente, as águas do rio começavam a subir e a invadir as margens,
carregando tudo o que encontravam no caminho. Barrancos despencavam e árvores
eram arrancadas pela força da correnteza, enquanto o rio se misturava ao resto
como se tudo fosse uma coisa só. Mas algo... ou alguém... ainda resistia.
Agarrado
desesperadamente a um tronco grosso que as águas levavam rio abaixo, um garoto
exausto e ferido lutava para se manter consciente e ter alguma chance de
sobreviver. Volta e meia seus braços escorregavam e ele quase afundava, mas
logo ganhava novas forças, erguia a cabeça e tentava inutilmente dirigir o
tronco para uma das margens.
De repente,
no período de silêncio que se seguia a cada trovão, ele começou a ouvir um
barulho inquietante, que ficava mais e mais próximo. Uma fumaça esquisita se
erguia à frente, e ele então compreendeu: era uma cachoeira! [...]
Num pulo
desesperado, agarrou o ramo de uma árvore que ainda se mantinha de pé perto da
margem e soltou o tronco flutuante, que seguiu seu caminho até a beira do
precipício e nele mergulhou descontrolado.
A
tempestade prosseguia e cegava o garoto, o rio continuava seu curso feroz e a
cachoeira rosnava bem perto de onde ele estava. De repente, percebeu que a
distância entre uma das margens e o galho em que se pendurava talvez pudesse
ser vencida com um pulo. Deu um jeito de se livrar da camisa molhada, que
colava em seu corpo e tolhia seus movimentos. Respirou fundo para tomar
coragem.
Se
errasse o pulo, seria engolido pela queda-d’água... mas, se acertasse, estaria
a salvo. Viu que não tinha outra saída e resolveu tentar. Tomou impulso e [...]
conseguiu alcançar a margem. [...]
Ficou de pé
meio vacilante e examinou o lugar em torno, tentando decidir para que lado
ir. Foi quando ouviu um rugido horrível, que parecia vir de bem perto. Correu
para o lado oposto, mas não foi longe. Logo se viu encurralado em frente a
um penhasco gigantesco, que barrava sua passagem. O rugido se aproximava cada
vez mais.
Estava sem
saída. De um lado, o penhasco intransponível; de outro, uma fera esfomeada que
o cercava pronta para atacar. Então, viu um buraco no paredão de pedra e
se meteu dentro dele com rapidez. A fera o seguiu até a entrada da caverna, mas
foi surpreendida. Com uma pedra grande que achou na porta da gruta, o garoto
golpeou a cabeça do animal com toda a força que pôde e a fera
cambaleou até cair, desacordada.
Já fora da
caverna, ele examinou o penhasco que teria que atravessar antes que o bicho
voltasse a si. [...]
Foi quando
uma águia enorme passou voando bem baixo e o garoto a agarrou pelos pés,
alçando voo com ela. Vendo-se no ar, olhou para baixo, horrorizado. Se caísse,
não ia sobrar pedaço. Segurou com firmeza as compridas garras do pássaro e
atravessou para o outro lado do penhasco.
O outro lado
tinha um cenário muito diferente. Para começar, era dia, e o sol brilhava num
céu sem nuvens sobre uma pista de corrida cheia de obstáculos, onde se
posicionavam motocicletas devidamente montadas por pilotos de macacão e
capacete, em posição de largada. Apenas em uma das motos não havia ninguém.
A águia deu
um voo rasante sobre a pista, e o garoto se soltou quando ela passava bem em
cima da moto desocupada. Assim que ele caiu montado, foi dado o sinal de
largada.
As motos
aceleraram ruidosamente e partiram em disparada, enfrentando obstáculos como
rampas, buracos e lamaçais. O páreo era duro, mas a motocicleta do garoto era
uma das mais velozes. Logo tomou a dianteira, seguida de perto por uma moto
preta reluzente, conduzida por um piloto de aparência soturna. [...]
Inclinando
o corpo um pouco mais, o garoto conseguiu acelerar sua moto e aumentou a
distância entre ele e o segundo colocado. Mas o piloto misterioso tinha uma
carta na manga: num golpe rápido, fez sua moto chegar por trás e, com um
movimento preciso, deu uma espécie de rasteira na moto do garoto.
A
motocicleta derrapou e caiu, rolando estrondosamente pelo chão da pista e
levantando uma nuvem de poeira. O garoto rolou com ela e ambos se chocaram com
violência contra uma montanha de terra, um dos últimos obstáculos antes da
chegada.
A moto
negra ganhou a corrida, sob os aplausos da multidão excitada, e o garoto ficou
desmaiado no chão.
Com um
sorriso vitorioso, Eugênio viu aparecer na tela as palavras FIM DE JOGO. Soltou
o joystick e limpou na bermuda o suor da mão. [...]
Laura Bergallo. A criatura. São Paulo: SM, 2005. p. 37-44.
1) Podemos classificar esse texto como:
2) O personagem principal da história a quem também
chamamos de protagonista é quem vivencia muitas aventuras. Em sua opinião, quem
é o protagonista do texto acima? Explique.
3) O texto apresenta dois cenários diferentes. Abaixo
escreva ( A ) para
descrições que representam o primeiro cenário e ( B )
para descrições que representam o segundo cenário.
a) ( ) O
piloto misterioso.
b) ( ) A
tempestade tornava a noite ainda mais escura e assustadora.
c) ( ) O sol
brilhava.
d) ( ) Raios
iluminavam os céus e a luz do relâmpago iluminava o vale.
e) ( ) Garoto
exausto e ferido lutava para se manter consciente.
f) ( ) As motos
enfrentavam obstáculos.
4) Descreva o desfecho, ou seja, o fim da narrativa “A
criatura”.
5) Assinale quais descrevem os problemas causados pela
insistente chuva?
a) As águas do rio começavam a subir e a invadir as
margens.
b) Como não havia árvores, o terreno desmoronava e
aumentava a erosão.
c) Doenças eram transmitidas para a população daquele
local.
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