Data: 27/04/2021 - Professor: Reges Vieira Gomes - Disciplina: Arte

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NÃO SE ESQUEÇA:


👉Atividade com cabeçalho completo.

ESCOLA MUNICIPAL JUSTINIANO JOSÉ MACHADO

ALUNO(A): ___________________________

Série: 8 ano "A"

Data: 27/04/2021      Professor: Reges Vieira          Aula: 3
Bimestre: II              
Disciplina: ARTE

👀Atenção para o horário de envio da atividade: 7h até as 11h.

💥Respostas escritas a lápis. Ambas com letra legível e bem feita.



MATERIAL DE APOIO


História das Artes em Goiás

 

As artes plásticas são um dos setores mais movimentados da cultura goiana. Na raiz das artes, em Goiás, a maior referência, no século 19, foi José Joaquim da Veiga Valle (Pirenópolis, 1806 – Cidade de Goiás, 1874). De família importante, possuía grande fascínio pela escultura sacra. O artista produziu mais de 200 peças em estilo barroco, que esculpiu principalmente em madeira. Sua obra impressiona sobretudo pelos detalhes e filetes dourados. Boa parte do que criou pode ser vista na Cidade de Goiás, antiga capital do Estado, como São João Batista, no Museu de Arte Sacra da Boa Morte. Algumas de suas peças integraram a mostra Brasil 500 Anos, em São Paulo.

Um dos nomes de maior expressão das artes, no início do século 20, foi Octo Marques (1915-1988), nascido na Cidade de Goiás. Autodidata, ele atuou como pintor, gravador, escritor e desenhista. Chegou a trabalhar como ilustrador no jornal O Estado de São Paulo. Sua pintura tinha como principal traço a ingenuidade, imagens de gente simples, como ex-votos.

Boa parte do movimento artístico da Cidade de Goiás transferiu-se para a nova capital, a partir de 1937. Um marco da vida artística no Estado foi o Batismo Cultural, como ficou conhecida a festa de inauguração de Goiânia, em 5 de julho de 1942.

Na época, o arquiteto, músico, escultor e pintor José Amaral Neddermeyer reuniu artistas plásticos com o objetivo de movimentar o setor de artes da cidade que brotava, no cerrado. Com isso, criou a Sociedade Pró-Arte de Goiaz, estabelecida oficialmente três anos depois. Inaugurou-se, assim, a primeira mostra de artes, reunindo trabalhos de artistas de diversas cidades goianas.

As artes ganhariam força com a criação da Escola Goiana de Belas Artes, em 1º de dezembro de 1952. Entre os professores estavam: Luiz Curado, Frei Nazareno Confaloni, Henning Gustav Ritter e Antônio Henrique Peclat. Desse núcleo, formaram-se gerações de artistas, com nomes expressivos nacional e internacionalmente, como Siron Franco, Antônio Poteiro e Ana Maria Pacheco, entre outros.

O circuito das artes, em Goiânia, inclui diferentes espaços, de galerias a museus. Entre os mais notáveis estão o Museu de Arte Contemporânea (MAC), o Museu de Arte de Goiânia (MAG), a Galeria Frei Confaloni e a Galeria Sebastião dos Reis. A Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico (Agepel) aposta no crescimento das artes plásticas, no Estado, investindo na formação e no aperfeiçoamento de artistas. Por isso, mantém sua Escola de Artes Visuais, com oficinas e cursos, durante todo o ano.

 

Música

 

A música goiana é muito rica e apresenta uma trajetória densa que tem revelado talentos, inclusive com reconhecimento internacional. Como a música brasileira de maneira geral, a criação musical goiana teve importante contribuição de índios, portugueses e africanos. Essa herança se expressa, por exemplo, na “Dança dos Tapuias”, um dos quadros da Festa do Divino Espírito Santo, em Pirenópolis. O tradicional auto As Pastorinhas (encenado desde 1922 e que compõe também a Festa do Divino Espírito Santo) foi inicialmente um ritual de catequização de índios. Esse caráter cedeu lugar à pregação religiosa, que marcou o perfil da música goiana durante muito tempo.

 

A musicista Belkiss S. Carneiro de Mendonça revela que a música verdadeiramente artística era a das igrejas, produzida para as funções religiosas. Mais tarde esse gênero chegou aos lares, levado pelas moças que tocavam e cantavam. Modinhas e romances despontavam com elaboração e muito sentimento. Os primeiros trabalhos musicais que surgiram em Pirenópolis tinham a assinatura do vigário José Joaquim Pereira da Veiga.

Entre os nomes mais importantes da música goiana, no século 19, destacaram-se José do Patrocínio Marques Tocantins, Tonico do Padre, Baltazar Ribeiro de Freitas, Braz Luiz de Pina, Sebastião Pompeu de Pina Júnior, José Pirahy, Mestre Quilú e Antônio Marcos de Araújo, entre outros.

As bandas tiveram um papel relevante no caminho da música. Sua função era divulgar as composições regionais e animar as festas populares, os dramas, as comédias. Mas apresentavam-se também nas igrejas com pompa e circunstância. Em Corumbá de Goiás destacou-se a Corporação Musical 13 de Maio (fundada em 1890), ainda hoje atuante e, em Pirenópolis, a Banda Phoenix, fundada em 1899 por Mestre Propício. A Phoenix também ainda resiste e, atualmente, conta com 45 integrantes e 70 instrumentos. Saraus e serenatas tornavam-se atração, sobretudo na Cidade de Goiás, na primeira metade do século 20. Nesse período proliferaram conjunto musicais, cantores e solistas. Esses grupos chegaram a fazer fundo musical para os cinemas mudos da época. Nesse contexto, surge uma personagem fundamental na história da música goiana. É Maria Angélica da Costa Brandão (conhecida como Nhanhá do Couto), que foi pianista, cantora lírica, professora e incentivadora da música erudita. Na antiga capital do Estado, ela tornou-se uma espécie de líder dos movimentos culturais e influenciou o ensino da música de piano.

Nhanhá do Couto realizou recitais também em Goiânia. Muito dos seus conhecimentos a artista transmitiu à neta Belkiss S. Carneiro de Mendonça, que tem contribuído de forma relevante com as artes goianas. Nos primeiros tempos da vida cultural em Goiânia, as irmãs Heloísa e Honorina Barra brilharam com suas modinhas, no Cine Teatro Goiânia. Na época, a pianista Nair de Morais, juntamente com Edméa Camargo, fundou o Coral da Escola Técnica Federal (hoje Centro Federal de Educação Tecnológica). A música crescia em Goiás. O professor Crundwald Costa (Costinha) criou um curso particular de violino, fundou (com seus alunos) uma orquestra. Formou gerações de músicos. Amélia Brandão (chamada Tia Amélia) também ensinava música. Dava aulas de piano. Paralelamente interpretava em rádio e televisão, na época. A pianista Heloísa Barra somou forças com Costinha para criar a Orquestra Sinfônica de Goiânia.

O ensino fundamental de música se consolidou com a instalação, pelo professor Luiz Augusto do Carmo Curado, em 1955, do Departamento de Música da Escola Goiana de Belas Artes. Entre os notáveis professores estavam o maestro, instrumentista e compositor belga Jean François Douliez e as pianistas e professoras Maria Lucy Veiga, Maria Luiza Póvoa da Cruz (Tânia Cruz) e Dalva Maria Pires Machado. Os professores decidem separar-se, em 1956, e fundam o Conservatório Goiano de Música, com o apoio da professora Maria das Dores Ferreira de Aquino.


ATIVIDADES

Copie e responda as questões abaixo:

1) Cite os museus mais notáveis da arte goiana.

2) O texto menciona importantes artistas goianos na arte, nacional e internacionalmente. Quais foram citados?

3) Quem contribuiu para o crescimento da música e arte em Goiás?

4) O texto menciona orquestras e bandas. Que orquestras/bandas ainda persistem atualmente?

5) Conhece algum artista goiano, em qualquer área (teatro, música, televisão)? Caso sim, escreva o nome dele.

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