REANP de Língua Portuguesa // Professora: Joissy Borges // Data: 04/03/2021
Escola
Municipal Justiniano José Machado.
Data: 04/03/2021
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Joissy Borges da Silva
Conteúdo: Leitura e interpretação de texto do gênero
reportagem.
v Assista
ao vídeo no link abaixo.
v Leia o
texto abaixo.
Hiperconectividade pode afetar
convívio social na adolescência
Adolescentes lideram o ranking
no uso de celulares e internet, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística ( IBGE )
De
acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os
adolescentes lideram o ranking no uso de celulares e internet. Porém, a
hiperconectividade em uma idade tão precoce, em que o cérebro ainda está em
desenvolvimento, pode ser mais perigoso do que se imagina. Segundo a neuropsicóloga
Thaís Quaranta, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), um dos
aspectos mais prejudicados relacionados ao uso excessivo do celular na
adolescência é o desenvolvimento das habilidades sociais e afetivas.
“A
tecnologia tem seus benefícios. Entretanto, o uso excessivo, em uma idade em
que o indivíduo ainda está em formação, pode acarretar em problemas na
interação social, aumentar a solidão, o risco de desenvolver depressão, além de
outras condições, como a dependência da internet, reconhecida com um Transtorno
do Controle de Impulsos”.
Um mundo paralelo
“O que vemos no dia a dia são
adolescentes que trocam encontros pessoais e deixam de sair para usar as redes
sociais. Acabam até mesmo se isolando do próprio convívio familiar para viver
numa espécie de mundo “paralelo”. O mundo real se confunde com o mundo virtual.
Procuram lidar com os sentimentos, típicos dessa fase da vida, com os amigos
‘virtuais’ ou ainda com recursos que encontram na internet, que, infelizmente,
nem sempre são confiáveis ou os mais indicados”, comenta a
neuropsicóloga.
A verdade é que o uso sem moderação
da tecnologia só reforça ainda mais o isolamento social, além de interferir no
desenvolvimento das habilidades sociais, que são cruciais para a vida adulta.
Thaís lembra que é justamente na
adolescência que o convívio social se amplia. “Os adolescentes que trocam a
vida real pela virtual têm sua capacidade de socialização comprometida e isso
irá se refletir, por exemplo, na vida profissional e nos relacionamentos
afetivos quando chegarem na vida adulta”.
Riscos
Uma pessoa que na adolescência teve
oportunidades de construir relacionamentos sociais reais e usou a tecnologia
dentro dos limites, certamente irá levar essas habilidades para a fase adulta.
“Por outro lado, o uso excessivo da
tecnologia por adolescentes pode levar ao desenvolvimento de características
como comportamento antissocial, agressividade, distúrbios do sono, ansiedade,
depressão, problemas de aprendizagem e dependência da internet”, ressalta a
psicóloga.
Thaís lembra ainda que o uso desmedido
da tecnologia e sem controle dos pais, pode incentivar o bullying e o acesso a
conteúdos inapropriados para menores de idade.
Porto seguro
A família é e sempre deve ser o
porto seguro para o adolescente. Ao contrário do que se possa pensar, é
justamente nessa fase da vida que os pais devem prestar mais atenção aos
comportamentos dos filhos e impor limites e regras.
“Muitos pais trabalham fora de
casa e não conseguem acompanhar o que o filho adolescente faz durante o dia.
Entretanto, é preciso encontrar maneiras de estabelecer limites para tudo, não
só para o uso das tecnologias. Os pais também precisam dar o exemplo, ou seja,
não adianta exigir que o adolescente não use o celular o tempo todo se os pais
não largam o aparelho nem para comer”, reflete Thaís.
Veja algumas dicas da neuropsicóloga
para os pais:
Idade: A maioria das redes sociais
exige que a pessoa tenha mais de 18 anos para entrar. Porém, se seu (sua) filho
(a) tem um perfil e é menor de idade, lembre-se que você é responsável. Assim,
tenha acesso ao login e senha e monitore o acontece por lá.
Tempo:
Estabeleça um tempo por dia para usar o celular, jogar videogame, etc.
Lembre-se de não abrir exceções. Se for o caso, retire o dispositivo do
adolescente se as regras não forem respeitadas.
Controle:
Procure pelo histórico de acessos aos sites que tipo de conteúdo o adolescente
acessa. Hoje, há alguns aplicativos que ajudam a bloquear certos conteúdos.
Além disso, é bom entender que tipo de informação é procurada.
A
melhor estratégia é você manter com o adolescente uma relação de confiança,
respeito e autoridade. Converse, entenda as dificuldades do momento, procure
ajudar como puder.
Incentivo:
Procure incentivar os encontros pessoais com os amigos, com familiares, etc.
Planeje programas que possibilitem conhecer pessoas novas para que o
adolescente possa treinar sua socialização fora do ambiente virtual.
Falar com a escola: Não
espere as reuniões para saber se está tudo bem na escola. Ligue, mande e-mail,
procure os coordenadores para verificar o andamento escolar, o comportamento,
as amizades. Inclusive, várias escolas usam aplicativos que facilitam essa
comunicação.
Ajuda especializada: Como
dizem por aí, os pais não nascem com manual de como serem pais. Então, se você
percebeu que a situação está fora do controle, procure um psicólogo. O
profissional está qualificado para orientar os pais, assim como para trabalhar
as dificuldades junto ao adolescente.
“A tecnologia existe e pode ser
usada de forma positiva. Proibir não é o caminho. É preciso ensinar o
adolescente a usar de forma consciente e responsável, com limites e regras bem
delimitados”, conclui Thaís.
v Copie
as questões abaixo, no caderno, e responda.
1) Qual é o assunto principal
dessa reportagem?
2) De acordo com o texto,
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) apontam a
liderança dos adolescentes no ranking de uso de celulares e internet. A
realidade apontada pela pesquisa lhe surpreende? Explique sua resposta.
3) De acordo com a
neuropsicóloga Thaís Quaranta, de que modo a tecnologia pode levar ao
desenvolvimento de comportamento antissocial, agressividade, distúrbios do
sono, ansiedade, depressão etc?
4) No texto há uma afirmação
de que há adolescentes que confundem o mundo real com o mundo virtual vivendo
numa espécie de mundo “paralelo”. Como isso acontece?
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